O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), é favorável ao plebiscito sobre a divisão territorial do Estado para criação dos Estados de Carajás e Tapajós, nas regiões sul e oeste paraenses, mas defende a realização de uma ampla campanha de comunicação para esclarecer a população sobre 'as ameaças e oportunidades da divisão'.
Para Jatene, a população deve ter a total clareza do que vai escolher e suas reais consequências. Ele também não admite que o plebiscito esteja 'associado a qualquer tipo de processo eleitoral' para que não se contamine. O governador teme que a consulta ocorra em 2012, ano de eleição para vereador e prefeito.
Deputado federal reeleito pelo PDSB, mas que renunciou ao mandato para assumir a Casa Civil do governo, Zenaldo Coutinho, na legislatura passada, foi autor de emenda no valor de R$ 1 milhão para realização de estudo, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sobre os impactos sociais e econômicos da divisão para os governos estadual e federal. Estimativas preliminares apontam que o retalhamento do Pará custaria R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
Contrário à divisão, Coutinho não gostou de saber da manobra feita pelos deputados Lira Maia (DEM-PA) e Giovanni Queiroz (PDT-PA) para que os projetos de decretos legislativos que autorizam os plebiscitos fossem votados maneira na sessão de hoje da Câmara. Segundo a assessoria da Casa Civil, Coutinho estava 'indignado', mas preferia ainda não falar sobre o assunto antes de ter uma reunião com Jatene.
De acordo com o texto aprovado hoje, no prazo de dois meses, contado da proclamação do resultado do plebiscito e se este for favorável à criação de novos Estados, a Assembleia Legislativa do Pará deverá se manifestar sobre a medida, devendo dar conhecimento da decisão ao Congresso Nacional em três dias úteis.
De acordo com o texto aprovado hoje, no prazo de dois meses, contado da proclamação do resultado do plebiscito e se este for favorável à criação de novos Estados, a Assembleia Legislativa do Pará deverá se manifestar sobre a medida, devendo dar conhecimento da decisão ao Congresso Nacional em três dias úteis.
Caso o Estado do Tapajós seja aprovado, ele terá 27 municípios e corresponderá a 58% do atual território paraense, na região oeste. Já o de Carajás terá 39 municípios e ocupará uma área equivalente a cerca de 25% das regiões sul e sudeste do território atual do Pará. Do território original restariam apenas 17% , incluindo as regiões norte e nordeste, abrangendo o arquipélago do Marajó e tendo Belém como capital.
Fonte: Agência Estado