GRAVIDEZ: Prática é ilegal, mas vários anúncios na internet oferecem úteros para gestação
Por R$ 80 mil é possível contratar, em Belém, o serviço ilegal conhecido como barriga de aluguel. A prática, em que mulheres cobram para gerar no ventre o filho de quem não pode ser mãe, é negociada por até R$ 200 mil no Pará, por mulheres que encontram no sacrifício de carregar por nove meses na barriga o filho de outra para quitar dívidas ou melhorar as condições financeiras da família.
Oferecida em sites de anúncios classificados na internet, a gravidez de substituição, prevista pela lei brasileira apenas quando não negociada e, ainda assim, feita por parente consangüíneo de até segundo grau, se transformou em um negócio lucrativo que ocorre longe da lei.
Uma rápida busca com a associação de palavras "barriga", "aluguel" e "Belém" revela uma lista de nomes, telefones e contatos de mulheres que se oferecem como barrigas de aluguel. Além do preço do serviço, que pode ser pago em parcelas durante a gestação, o contratante deve arcar com as despesas médicas da mãe contratada.
Em troca, além do bebê e dos cuidados durante os nove meses de gestação, as mães de aluguel oferecem aos clientes o acompanhamento mês a mês do desenvolvimento da criança, e a garantia de que ela será entregue ao final do processo
OLiberal