A partir de hoje, preço do botijão de 13 quilos será vendido no pará por até R$ 46,77, informa o sindicato da categoria
O preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, vai ficar mais caro a partir de hoje, de acordo com o Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Pará (Sergap-PA). O botijão de 13 quilos deve passar do preço médio de R$ 41,00 para até R$ 46,77. De acordo com o presidente do Sindicato, Paulo Solér, o aumento leva em consideração o novo Preço Médio Ponderado Final (PMPF), índice que serve de parâmetro para o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Também são levados em consideração na alta do preço do botijão a inflação do ano de 2010, a convenção trabalhista da categoria - realizada em maio - e ainda uma taxa de R$ 1,50 repassada pelas distribuidoras aos revendedores, relativa a custeios de manutenção.
Segundo o presidente do sindicato, esses custos somados chegam ao patamar máximo de R$ 46,77, mas o preço que será praticado nas revendedoras deve ficar em torno de R$ 45,00. "Nós sugerimos que o gás não passe de R$ 45,00, porque quem sai prejudicado é o consumidor. Hoje, podemos afirmar que o gás de cozinha possui um custo de R$ 46,77, mas não significa que esse preço será cobrado em todos os pontos de venda", ressalta. Hoje, no Pará, são consumidos cerca de 925 mil botijões de 13 quilos por mês, segundo estatísticas do Sergap. Ontem, em vários pontos de revenda da capital, o gás de cozinha ainda era comercializado por valores entre R$ 38,00 e R$ 41,00.
(ORM)
Para a costureira Nair Soares, que mora no conjunto Águas Lindas, o aumento no preço do gás de cozinha vai pesar no seu orçamento mensal. "Já achava caro o gás a R$ 40,00, agora então, nem se fala. Para quem é pobre e não tem renda fixa o gás de cozinha fica muito caro. E o pior é que não tem outro jeito, não dá nem pra cortar da lista do mês, porque a gente tem que cozinhar", afirma a costureira.
PMPF -
De acordo com o coordenador de Substituição Tributária da Secretaria da Fazenda do Pará (Sefa), Manoel Brasil, não houve aumento na alíquota do imposto, que continua em 17% - a Secretaria da Fazenda apenas fez a correção do valor com base no novo PMPF. Segundo a Sefa, há dois anos o PMPF não era reajustado no Estado.
"Desde 2009 não fazíamos alterações, mas o levantamento da ANP constatou que houve uma alta muito grande no preço praticado no mercado, portanto o imposto deve ser recolhido com base neste valor atualizado", informou. O coordenador afirma ainda que, no levantamento realizado pela agência, a cobrança do ICMS já está embutida - portanto, segundo ele, não há a necessidade de que esta diferença seja repassada no valor final do produto. O Preço Médio Ponderado Final (PMPF), chamado preço de pauta, é obtido a partir de pesquisas periódicas da Agência Nacional de Petróleo (ANP), e serve de parâmetro para a tributação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). No Pará, o PMPF do gás de cozinha passou de R$ 2,4401 para R$ 3,0307 o quilo. Portanto, no caso do botijão de 13 quilos, a incidência do ICMS (alíquota de 17%) passa dos atuais R$ 5,39 para R$ 6,69, uma diferença de R$ 1,30. O novo preço foi publicado no "Diário Oficial da União" do último dia 9 de maio e começou a vigorar ontem.
