O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Pará (AL), Domingos Juvenil (PMDB), será ouvido na manhã de hoje pelos promotores do Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc).
O depoimento é aguardado com expectativa, porque o ex-deputado hoje se encontra na linha de tiro da ex-chefe da Divisão de Pessoal daquele poder, Mônica Pinto, que o acusa de irregularidades no exercício do cargo.
De acordo com os promotores, durante a gestão de Juvenil, os cofres públicos experimentaram um rombo de no mínimo R$ 800 mil por mês. Além do peemedebista, outras onze pessoas, entre servidores e deputados estão sendo investigados. O trabalho do Ministério Público do Estado (MPE) já avançou bastante, mas ainda não é possível fechar o leque da investigação sem que todos os citados prestem depoimento e apresentem suas versões dos fatos até agora apurados.
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Quando isso vier a acontecer e se porventura alguns dos envolvidos tiverem foro privilegiado, a investigação será encaminhada ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Barletta, que terá a incumbência de designar um procurador para atuar no caso. Atualmente, apenas servidores e ex-deputados tiveram seus nomes envolvidos no escândalo.
Os promotores Nelson Medrado e Arnaldo Azevedo não foram localizados ontem para falar sobre as providências que foram tomadas para o depoimento de Juvenil. Os celulares de ambos estavam fora da área de serviço. Após ter acesso a vários documentos, porém, Azevedo já declarou não acreditar que o ex-presidente da AL não tivesse conhecimento das fraudes. Em vista disso, no depoimento de hoje, o ex-deputado poderá esclarecer as dúvidas dos promotores.
Se quiser e por orientação de seu advogado, Juvenil poderá optar por nada dizer, fazendo uso do direito de ficar calado e só falar em juízo. Desse expediente já fizeram uso as servidoras Elzilene Lima e Daura Hage, dentre outros.
(Diário do Pará)
