Segundo a organização não-governamental Aliança de Controle do Tabagismo, o número de fumantes entre os adultos vem caindo nas últimas décadas. Contudo, mudanças da indústria do fumo, como o lançamento de cigarros com sabor de menta e chocolate, ajudaram a atrair o público jovem.
A Organização Mundial da Saúde adverte que esses aditivos aromatizados aumentam o potencial tóxico do cigarro. As substâncias já são proibidas nos Estados Unidos e no Canadá. Essa medida está prevista na Convenção para o Controle do Tabaco, um compromisso assinado por 173 países, dentre eles o Brasil.
Segundo o mesmo documento, o Brasil tem até o fim do ano para regulamentar a publicidade nos pontos de venda, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que está tomando as medidas necessárias. A propaganda nos meios de comunicação já é proibida há uma década.
Segundo Paula Johns, diretora-executiva da organização, pesquisas mostram que a população aprova as restrições à publicidade, principalmente em relação aos jovens.
O Jornal Nacional procurou a Souza Cruz, empresa que produz cigarros com aditivos, e ela se disse a favor de qualquer medida que tenha como objetivo acabar com o consumo entre os jovens. Também procurada, outra fabricante, a Phillip Morris, não comentou a reportagem.
g1