O aumento suscetível dos combustíveis tem deixado os motoristas paraenses preocupados. A cada mês, as pesquisas realizadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico) mostram os reajustes que afetam os bolsos dos consumidores. Neste mês de abril, o valor do litro do etanol já chega a 18% e da gasolina a 6%.
O estudo divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Dieese destaca ainda que, os aumentos no etanol em abril aconteceram em todo o Estado, principalmente no interior, onde a taxa de aumento foi de 18%. Na capital, o reajuste acumulado foi de 15%. Com isso, já na primeira semana de abril o combustível já estava custando em média R$ 2,343, sendo R$ 2,433 somente no interior do Pará. Em março, o etanol ficou por R$ 2,234.
A gasolina também teve alta significativa nos postos do Estado. Na comparação entre os meses de março e abril, o reajuste médio no preço do combustível na capital chega a 3,69%. Em alguns postos, este reajuste é de 6%. Em abril, o litro da gasolina é comercializada a R$2,784.
Para o consumidor, resta a insatisfação de ver a mesma quantia de dinheiro se transformar em menos combustível. Como fala a estudante de nutrição, Carla Pereira, de 22 anos. 'Daqui a pouco a gasolina vai ser cobrada em dólar ou euro. Antes eu colocava de R$30 a R$40 e dava cerca de 16 litros. Hoje esse mesmo valor não chega a 14 litros. O pior é que não podemos fazer nada quanto a isso', reclama. (ORM)
De acordo com o economista Roberta Sena, o problema com o reajuste no álcool e na gasolina é que vai gerar uma cadeia de aumentos em outros setores da economia. ‘Com o combustível sendo comercializado em alta, o transporte de mercadoria para feiras e supermercados também vai aumentar, e com isso, a cesta básica provavelmente irá sofrer mais um reajuste este ano’, analisou e completou: ‘o pior disso tudo, é que a previsão de estabilização de preços pelo menos para o Etanol é somente para maio. Até lá, com certeza novos reajustes deverão acontecer'.
