GRUPO PEDE O AFASTAMENTO DE PROCURADORES SUSPEITOS

Objetivo é garantir a isenção das investigações sobre as fraudes
Os promotores de justiça que elaboraram o pedido de providências ao Ministério Público Federal (MPF) e à Procuradoria Geral da República (PGR) defende a punição dos procuradores suspeitos de privilegiar o ex-deputado Domingos Juvenil no MPE. Pede ainda o afastamento deles até o final das investigações para a posterior perda do cargo. Infelizmente, a gente tem que cortar a própria carne", lamenta um dos promotores que fez a investigação interna no MP.
Os autores do pedido de providências enviado ao MPF e PGR não serão identificados, a pedido deles. A substituição do promotor Milton Menezes por Rocha na coordenação do Gproc foi encarada como uma intervenção por alguns promotores de justiça, assim como causou estranheza o acúmulo de duas coordenadorias pelo ex-procurador-geral de justiça, Geraldo Rocha, o que seria incomum no MPE. "Tem um segmento do Ministério Público do Estado preocupado com a credibilidade da instituição, preocupado em garantir a honestidade, a transparência, a imparcialidade, a honestidade e a defesa dos direitos da sociedade", disse um promotor ouvido pelo O LIBERAL.
O procurador-chefe da República no Pará, Ubiratan Cazetta, explicou que o Ministério Público Federal não tem competência para analisar o pedido de providência formulado pelos promotores, mas sim a Procuradoria Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Ele explicou que o descumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal pode levar a PGR a buscar no próprio STF a revogação imediata da nomeação da promotora Lorena de Moura Barbosa. Além disso, o CNMP poderá investigar o crime de improbidade administrativa do procurador-geral de justiça, Eduardo Barleta, por conta da nomeação de Geraldo Rocha para assumir duas coordenadorias que apuram os crimes que têm Domingos Juvenil como o principal suspeito, como é o caso do desvio de recursos da folha de pagamento. Já o promotor de justiça Nelson Medrado, que apura as ilegalidades em contratos e licitações, não foi atingido pelas interferências de cima. A avaliação dos promotores denunciantes é a de que Medrado tem apurado crimes mais afeitos à administração de outro ex-presidente da Alepa, o senador Mário Couto (PSDB).
Oliberal

 
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