A partir do segundo semestre deste ano, o  Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) colocará em prática decisão unânime  entre os conselheiros, que está sendo considerada um divisor de águas e que  produzirá efeitos práticos no que diz respeito ao julgamento mais célere das  contas públicas.
O tribunal adotará nova metodologia de análise e  julgamento. As prestações de contas de todas as prefeituras serão divididas em  contas de governo e contas de gestão, o que atualmente ocorre apenas em relação  a poucas prefeituras que têm suas administrações descentralizadas, como é o caso  de Belém, Marabá e Santarém.
Quando a gestão é descentralizada, ao julgar as  contas de governo do prefeito o TCM fiscaliza, por exemplo, se o gestor aplicou  corretamente os percentuais constitucionais em educação e saúde, se cumpriu a  Lei de Responsabilidade Fiscal, e emite parecer prévio a favor ou contra a  aprovação, mas a decisão final é da câmara municipal.
Já ao julgar as contas de gestão, de  responsabilidade dos secretários municipais, o TCM aprova ou rejeita e emite  acórdão determinando recolhimentos e multas, se for o caso. Atualmente, quando a  gestão da prefeitura é centralizada, o TCM emite apenas o parecer técnico  prévio, mas o julgamento final das contas é feito pelos vereadores. 
(Diário do  Pará)




