PROFESSORES FAZEM HOJE A TERCEIRA PARALISAÇÃO


Os professores da rede estadual de ensino param hoje para criticar a demora na implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), que completa um ano de aprovado na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), nesta quarta-feira (15), além de reivindicar uma portaria para a eleição direta para a direção das escolas. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) promoverá ainda um ato contra a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A concentração da "Marcha pela Educação" está marcada no trevo do conjunto Satélite, às 8h30, onde mais de mil trabalhadores seguirão até o prédio da secretaria. Segundo o Sintepp, a paralisação de 24 horas, que será a terceira deste ano, irá suspender as aulas nas escolas da rede estadual, afetando as turmas de todos os turnos. A Seduc, no entanto, esclarece que o PCCR já está sendo implantado conforme o cronograma estabelecido.
De acordo com o coordenador de comunicação do Sintepp, Sebastião Antônio Netto, a paralisação foi definida na última assembleia da categoria realizada no dia 2 deste mês, quando também foi estabelecido um ultimato ao governo. "Há muito discurso e pouca prática. Ou o governo aponta com dados concretos que vai aplicar o PCCR até o dia 17 de agosto ou entramos em greve no mesmo dia. Só entraremos em greve se o governo quiser. Ele decide se vai querer prejudicar milhares de estudantes", afirmou.
Além da implantação do PCCR, a categoria também reivindica que o governo aprove uma portaria para eleição direta para a direção das escolas. O coordenador de comunicação ressalta que essa conquista será de extrema importância para a democratização dos ambientes escolares. "Gostaríamos que o governo aprovasse a portaria para eleição direta já para os mandatos que vão se encerrar em agosto", disse.
O secretário de Estado de Educação, Nilson Pinto, afirma que a implantação do PCCR já começou e que não há divergências entre o Sintepp e o governo do Estado. Conforme o secretário explicou, a Seduc assumiu, na reunião realizada em fevereiro, o compromisso de em 90 dias apresentar uma avaliação sobre o plano e informar sobre a posição do governo a respeito da possibilidade de implantação. Quanto à eleição direta, Nilson Pinto disse que a intenção é transformar em lei. (ORM)

 
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