A economia  paraense cresceu mais de 100% nos cinco primeiros meses deste ano. Dados da  Balança Comercial, divulgada na última quarta-feira, 22, pelo Centro  Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Pará  (FIEPA), indicam um crescimento de 110% do saldo paraense (exportações menos  importações).
Enquanto que de  janeiro a maio de 2010, o valor do saldo ficou em US$ 2.755 bilhões, neste ano,  o saldo paraense fechou o período em US$ 5.790 bilhões. Apesar do bom  desempenho, o Pará permanece atrás de Minas Gerais como o segundo estado com o  melhor saldo da balança comercial.
O bom desempenho  econômico superou o crescimento do saldo da balança comercial brasileira, que  fechou os cinco meses de 2011, com uma variação de 52%. De acordo com o gerente  do CIN, Raul Tavares, o bom desempenho foi alavancado pela variação das  exportações e importações no período analisado. De janeiro a maio, as  exportações renderam ao Pará US$ 6.362 bilhões, valor 100% maior que aquele  verificado no mesmo período de 2010. E as importações fecharam o período em um  valor de US$ 571 milhões, representando uma variação de 33% em comparação a  2010.
"Se pegarmos  apenas a exportação de maio, verificamos que 2011 teve o melhor mês de maio  desde o início da série histórica analisada pelo CIN. Isso mostra que o Pará  retomou de vez a curva ascendente do crescimento econômico", analisou Tavares.  
Ao comparar  apenas as exportações do mês de maio, que neste ano fecharam em US$ 1.494  bilhão, é possível verificar um crescimento de 57% em comparação ao mês de 2010.  Em maio de 2008, período antes da crise financeira mundial, as exportações  chegaram a bater a casa do bilhão de dólares, mas com o estouro da crise  imobiliária americana, em outubro daquele ano, as exportações voltaram a cair.  Em maio de 2009, o valor exportado ficou em US$ 480 milhões e, em 2010, em U$S  950 milhões. ORM
Os principais produtos que puxaram o crescimento das exportações foram o minério de ferro, com uma variação de 312% no período, o silício (89%), o ouro (82%) e a bauxita não-calcinada (66%). Fora os produtos minerais, o dendê também apresentou um crescimento bastante significativo, de 1300%, peixes (90%) e a carne de bovinos (34%).
Certificação ajuda a tornar produtos mais  competitivos
 Para estimular  ainda mais o crescimento das exportações paraenses, o CIN começou a oferecer o  serviço de Certificação de Origem Digital Brasil (COD). Isso quer dizer que todo  o certificado de origem passa a ser eletrônico para proporcionar mais conforto,  rapidez, diminuição de custos e segurança no processo de solicitação de  benefícios tarifários. Segundo o gerente do CIN, Raul Tavares, com o  certificado, a produção exportada tem sua origem atestada, o que garante acesso  preferencial a mercados estrangeiros e torna o produto brasileiro mais  competitivo.
O COD simplifica  a certificação de origem de produtos. Em vez dos cinco documentos necessários  para a emissão do certificado (nota fiscal, registro de exportação, fatura  comercial, comprovante de embarque e a declaração do processo produtivo), o novo  processo mantém apenas a declaração. A estimativa para a emissão do COD ficará  em torno de 15 minutos, e não mais as oito ou doze horas de espera para uma  simples retirada da guia. 
A certificação de origem não é  um documento obrigatório no processo de exportação, no entanto, ela apresenta  como vantagem ao exportador a isenção do Imposto de Importação, proporcionando  maior competitividade aos produtos locais. "Com as regras de origem se determina  quais bens gozarão do tratamento tarifário. O certificado de origem, em muitos  casos, beneficia o exportador ao isentar o Imposto de Importação", explicou  Tavares.




