POLICIAIS CIVIS RECLAMAM DE BAIXOS SALÁRIOS E FAZEM PROTESTO

Representantes do Sindipol (Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará) fizeram uma manifestação neste domingo (19), em frente ao Teatro da Paz, na Praça da República, contra a atuação situação da categoria. A intenção é mobilizar servidores e autoridades para que juntos possam conseguir melhores condições de trabalho e principalmente, o aumento do salário base, uma luta que faz parte do Movimento Nacional de Unificação Salarial.


O presidente do Sindipol, Luiz Monteiro da Silva Junior, se queixa que o governo do Estado não está dando a devida importância para a categoria. 'O governo diz que está investindo na segurança do Estado com a compra de equipamentos e viaturas, mas está esquecendo de um detalhe importante: os policiais. São eles que estão na linha de frente no combate à violência, mas são mal remunerados', afirma.

Ainda de acordo com Luiz Monteiro, o salário base de um policial em início de carreira é de um salário mínimo, acrescido de gratificações e adicional de risco de vida, variando entre R$ 1.800 a R$ 2.000 reais. 'É um absurdo o que recebemos. Hoje o policial tem que conviver ao lado do próprio bandido, colocando a sua vida e a da própria família em risco, pois não tem condições para garantir melhores condições de moradia', conta.

Outra reclamação da categoria é em relação a jornada de trabalho. 'Antes trabalhávamos 40 horas semanais. Hoje continuamos cumprindo as 40 horas e ainda trabalhamos aos finais de semana em regime de escala, fazendo patrulhas e rondas para receber a mesma coisa. E quando sobra tempo, para aumentar a renda familiar, alguns ainda fazem 'bicos', desviando a sua conduta', acrescenta o presidente do Sindipol.


Em janeiro os policiais se reuniram com representantes da Casa Civil e do governo do Estado para apresentarem sua pauta de reivindicações. Durante a reunião ficou acertado que as propostas seriam avaliadas e uma nova reunião seria marcada para o mês de abril, 'mas até agora nada aconteceu e ninguém foi chamado para negociar e verificar a nossa situação', afirma Luiz Monteiro.

A categoria deve se reunir em uma nova assembleia geral, com data ainda não definida, para decidirem sobre como deverão ser feitas as novas negociações e principalmente sobre um possível indicativo de greve. (ORM)

 
BLOG ARIEL CASTRO © 2012 | Designed by NOVA CV