A R T I G O: WENDELL ANDRADE REIS

O Jornalismo e o Mar de Lama.
Outro dia estive refletindo sobre os amigos que construí durante a vida, são muitos e acima de tudo bons, infelizmente alguns estão bem longe, quase sem contato, outros estão comigo quase cotidianamente, mas o fato é que todos possuem o seu significado e importância na minha vida. Outro fato interessante é que por razão que desconheço, os amigos que fiz e faço possuem algumas características em comum; são pessoas inteligentes, elegantes, educadas, de bom gosto e que nutrem um grande zelo por suas profissões e sobretudo pelo respeito ao próximo. A inteligência não está no fato de alguém ter se tornado bem sucedido, está, isto sim, em saber lidar com as vicissitudes da vida sem desesperar, sem perder o prumo, sem perder a elegância e muito menos a educação e o respeito.
Meus amigos vão de pedreiro a médicos; de vendedores a empresários, de empregada doméstica a juízes e advogados brilhantes, de padeiros a play boys, são heterogêneos, são de diferentes classes sociais, todavia cheios de boas energias e bondade gratuita. Digo-lhes sem medo de errar, eu só me sinto derrotado quando encontro alguém com quem não consigo aprender absolutamente nada, com meus amigos eu aprendi e aprendo, com as pessoas mais diversas que cruzei algo de bom ficou, sempre fica.
Mas o que dizer de alguém que faz todo o esforço do mundo para parecer inteligente e o máximo que consegue é ser ridiculamente tosco?, o máximo que consegue é demonstrar sua ignorância latente, o máximo que consegue é demonstrar a debilidade dos próprios neurônios, o máximo que consegue não vai além do mobral. Quando alguém resolve dedicar-se a uma profissão ou uma atividade para a qual se dê importância, espera-se o mínimo de capacidade, observância e esmero, do contrário, o resultado é um verdadeiro mar de lama que só servirá para afogar o próprio criador. Nunca é demais lembrar que é preciso desconfiar sempre daqueles que dizem estar agindo em defesa de um bem coletivo mas que não se pode constatar, afinal senhoras e senhores, o moralismo exacerbado é o último refugio da hipocrisia. Não sei vocês, mas de jornalismo sem isenção e hipócrita já estou farto.
Quando alguém se denomina defensor da verdade, eu sempre pergunto: Qual verdade?, sim porque a verdade no universo sócio-político, na maioria das vezes é uma questão de ponto de vista. A verdade, diria o falecido Leonel Brizola, “é tudo aquilo que não se diz”.
Sou profundo admirador da capacidade intelectual de alguns grandes homens e mulheres, poderia citá-los aqui, mas isso seria deselegante, por isso prefiro dizer que quando se faz referência a algum intelectual é bom conhecer profundamente sua obra, senão você acaba sendo patético, mas veja pelo lado positivo, faz-me rir.
Wendell Andrade Reis
Sociólogo
Aquele abraço e não esqueçam, elegância é tudo.! 

 
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