Não é mais segredo que, diante de um mercado exigente e desafiador, a graduação tornou-se ferramenta essencial no currículo de qualquer profissional. Tanto que ela não é diferencial para aqueles que pretendem ir além. Dessa forma, a escolha certa por uma pós-graduação pode ser decisiva na carreira, e não faltam estilos, tipos e modelos disponíveis no mercado: das acadêmicas às de ensino a distância, todas com promessa de destaque para quem as tiver como referência.Com o intuito de normatizar o leque de opções das pós existentes no mercado e abrir as possibilidades strictu sensu (veja quadro), o Ministério da Educação divulgou, em junho do ano passado, uma portaria que regulamenta a atividade de mestrado profissional, isto é, uma pós-graduação com carga horária mais flexível e com características diferentes das tradicionais acadêmicas. A modalidade existe no Brasil desde a década de 1990, mas só agora passa a ter regras sistematizadas.Segundo a portaria, quem optar por essa alternativa poderá apresentar trabalhos de conclusão final com formatos distintos, como dissertação e produtos como um software, por exemplo. Além disso, os professores não precisam, necessariamente, ser doutores, podendo ser profissionais e técnicos com experiência em pesquisa aplicada e mercado. “Oscar Niemeyer e Lucio Costa não são doutores, mas, quando você olha Brasília, vê que eles deveriam ser professores e passar o conhecimento que têm”, defende Lívio Amaral, diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).Hoje, são mais de 2.800 mestrados, sendo que menos de 300 são profissionais. “A normatização é mais que política, é necessidade. Precisamos formar quadros para trabalhar em todos os setores, além da academia”, explica o diretor Lívio. Com a portaria, o governo pretende não só aumentar a quantidade de mestrados profissionais, como elevar a ínfima participação de pós-graduados stricto sensu no mercado. De acordo com levantamento feito pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, apenas 2% dos mais 200 mil mestres e doutores existentes no Brasil estão trabalhando em empresas. Ler Mais(CorreioBrasiliense)