O Palácio do Planalto defende a candidatura do deputado federal Jader Barbalho ao Senado. O recado foi dado durante encontro de Jader - presidente do PMDB paraense - com o ministro das relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os dois conversaram no domingo à noite na casa do deputado em Belém. No dia anterior, Padilha havia se encontrado com a governadora Ana Júlia Carepa durante um jantar na casa dela.Nas duas reuniões, as pautas foram as relações nacionais entre PT e PMDB, as obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) que será lançado em março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o desgaste das relações entre o governo petista e seu maior aliado no Estado do Pará. Padilha assumiu a missão de tentar reconstruir a coligação que deu a vitória no segundo turno para Ana Júlia Carepa na disputa ao governo do Estado. Só que desta vez, a intenção do Planalto é que a coligação comece já no primeiro turno porque fortaleceria a candidatura da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff à presidência da República. “Eu defendo Paulo Rocha (deputado federal pelo PT e potencial candidato do partido ao Senado) e Jader como senadores, porque isso terá um peso importante para a governabilidade da ministra Dilma”, disse Padilha.Indagado sobre a sugestão, o deputado Jader Barbalho disse ter ficado “lisonjeado” por ter sido considerado uma peça importante para a governabilidade, mas ressaltou que a decisão será tomada levando em conta a conjuntura local. “Fico feliz que estejam torcendo pelo meu retorno ao Senado, mas a decisão será tomada por mim e meus companheiros do PMDB do Pará”. Jader deixou o Senado em 2001, em meio a uma briga com o então senador baiano Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007.O presidente do PMDB paraense disse também que “os problemas locais devem ser resolvidos pelas lideranças locais”. Segundo ele, na reunião o assunto que dominou foi a aliança nacional da qual é um dos principais articuladores.Para o deputado federal o ministro repetiu o que havia dito no sábado à governadora. “Reafirmei minha disposição para ajudar nas conversas entre os partidos. Acredito e trabalho para isso (a aliança PT e PMDB)”, disse reiterando que Jader tem trabalhado pela coligação nacional e daí a importância de reeditar a dobradinha no Pará. O ministro não quis dar pistas, contudo, sobre uma possível cessão da vaga de candidato à vice-governadoria para o PMDB, o que seria uma das exigências do partido no Estado para se manter ao lado do PT nas eleições deste ano. “Acho que precisamos sentar com todos os partidos da coalizão para discutir a composição”, explicou afirmando que “é preciso haver espaço para todos na aliança”.(DiárioOnline)