Cerca de 800 servidores temporários do Pará deverão ser distratados até a próxima segunda-feira, quando expira o prazo estabelecido pelo último acordo entre o governo do Estado e o Ministério Público do Trabalho (MPT). É o que afirma o procurador geral do Estado, Ibrahim Rocha. Segundo ele, o restante de temporários que ainda vão permanecer trabalhando, cerca de 1,5 mil, deverá ser distratado até o final deste ano, conforme pretende o novo acordo que já foi firmado e que aguarda apenas a homologação da Justiça do Trabalho. “Temos certeza de que a Justiça irá homologar o novo acordo, inclusive ainda esta semana. Mas, se não o fizer, vamos recorrer ao Tribunal, como já fizemos antes”, ressaltou.ACORDOO novo acordo, que prevê todos os distratos até o fim de 2010, no entanto, é visto com desconfiança até pelas partes mais interessadas. O presidente da Associação dos Concursados do Pará, José Emílio Almeida, por exemplo, diz não acreditar que a Justiça homologará este novo contrato, uma vez que todos os outros já feitos não foram cumpridos. “O governo do Estado passou por cima não só dos outros acordos já feitos como está passando por cima da liminar concedida pela Justiça comum que obrigava o distrato dos temporários e a nomeação de todos os concursados até o último dia três de dezembro”, diz. Segundo Almeida, além disso, novos temporários vem sendo constantemente contratados pelo governo, fato que vai provocar uma nova manifestação da entidade no próximo dia 21, quando será realizada uma passeata com partida do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN) e chegada ao Centro Integrado de Governo (CIG), onde os concursados pretendem protestar contra o que José Emílio chama de “exagerada contratação de novos temporários”. Ele também garantiu que, caso isso continue a acontecer a entidade vai entrar com novos mandados de segurança na Justiça para assegurar a nomeação dos concursados. Já a presidente da Associação dos Temporários, Suzete Cardoso, afirma que os acordos firmados entre o governo e o MPT não têm mais credibilidade para os temporários, sobretudo para os mais antigos. “O problema é que o governo distrata os temporários mais antigos, mas continua contratando novos, ao invés de chamar os concursados. Isso tudo para nós é uma grande enganação”, lamentou. (Diário Online)
