Como vereadora, Marinor Brito (PSOL) chegou a ter seis mil votos, ficando 12 anos ininterruptos na Câmara Municipal de Belém (CMB). Como candidata a prefeita, mais de 15 mil. Eleita a segunda senadora do Pará em 2010, Marinor teve 727 mil votos, ficou atrás apenas de Flexa Ribeiro (PSDB) na votação e, no que depender da Lei da Ficha Limpa, vai representar o Pará no Senado Federal a partir de 2011. "Estou confiante de que a Justiça Eleitoral vai confirmar isso. Minha candidatura foi feita de acordo com o que manda a legislação eleitoral brasileira e o povo já mostrou que quer mudar essa idéia de que político é quem faz falcatrua", dispara.
Marinor reforça que foi eleita de acordo com o TSE, assim como reforça que Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) não são candidatos. "O TSE impugnou duas candidaturas enquadradas na Lei da Ficha Limpa, falta só a decisão do Supremo Tribunal Federal. Interessa o que foi divulgado oficialmente: dois eleitos, eu e Flexa Ribeiro, dentro da legislação", diz. A senadora eleita anuncia que não tem dúvida de que seu lugar em Brasília está garantido. "Não adianta governar se não for para atender o povo. O Pará e o Brasil vão se orgulhar desse mandato socialista", avisa.
Marinor agradeceu ao povo paraense pelos votos. E destacou que a vitória também foi do PSOL, que tem "apenas seis anos de existência e já mostra um potencial eleitoral fabuloso". "A votação tão expressiva que eu tive mostra que o povo quer a Lei da Ficha Limpa, quer mudar a idéia de que quem ocupa cargo público faz falcatrua, age com falta de ética, abusa do poder econômico ou pratica outras formas de irregularidades. Minha candidatura anda junto com essa lei", afirma.
Marinor credita sua eleição a uma série de fatores, como sua militância "coerente com a luta do povo em todo o Estado". Ela foi fundadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) e se destacou no trabalho pelo enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. "Presidi a primeira CPI de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes em 2005", lembra. Sobre o novo mandato, Marinor assegura que entra no Senado com "segurança, mas com a humildade de quem está dando não um passo mais alto ou largo, mas firme para me manter como sempre estive, segura de que não vale a pena ter um mandato se não for pra representar os desejos do povo."