Greve dos bancos chega ao quarto dia útil sem sinal de acordo entre as partes
A falta de entendimento entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) leva a greve dos bancários ao quarto dia útil. Enquanto a Febraban alega que aguarda a contraproposta do movimento sindical para renegociar o reajuste salarial, o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá afirma que as greves permanecem por tempo indeterminado até que a Febraban aceite renegociar o reajuste com o movimento sindical. No Pará e no Amapá, em torno de 60% das 208 agências bancárias aderiram às paralisações.
Conforme o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, dentre as principais reivindicações que motivaram a greve, estão: o reajuste real de 11%, a rediscussão dos Planos de Cargos e Salários em todos os bancos, o aumento nos números de contratações e a redução de tarifas para os clientes. A Febraban, porém, informou que não há data prevista para reunião com o movimento sindical, uma vez que ele rejeitou a proposta de reposição da inflação e negociação do aumento real, apresentada pela Federação no dia 22 de setembro. Desde então, a Febraban alegou que não recebeu nenhuma contraproposta e aguarda a manifestação do sindicato para agendar novas negociações.
Clientes
- A greve divide a opinião dos clientes dos bancos. Para o operador de máquinas Josiel Maia da Silva, a greve é um transtorno. Ele alegou que terá prejuízos, pois terá de atrasar o pagamento das contas do mês. Josiel contou que já tentou, sem sucesso, desbloquear o cartão magnético da Caixa em duas agências, uma em Icoaraci e outra na esquina das avenidas Doutor Freitas com a travessa 25 de Setembro. Por volta das 15h30, o movimento de clientes nesta última agência era baixo. A agência do Banco Real, na avenida Almirante Barroso, esquina com a travessa Mauriti, funcionava normalmente. ORM