Após a publicação da matéria na edição deste sábado (29), do Jornal Diário do Pará, sob o título "Olheiros do governo impedem assembleia e votação é adiada", a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) divulgou uma nota manifestando repúdio aos dirigentes do Sintepp.
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"Com relação à matéria "Olheiros do governo impedem assembleia e votação é adiada", a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) manifesta seu mais veemente repúdio aos dirigentes do Sintepp, que de forma irresponsável estão tentando inviabilizar o semestre letivo, sob a alegação de falta de acordo por parte dos integrantes do governo.
Como a própria matéria enfatiza, por meio do depoimento dos sindicalistas, tanto a Seduc como a Sepof (Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças), os recebeu em diversas reuniões, e de uma pauta inicial composta de apenas quatro pontos discordantes quanto ao Projeto de Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), que já foi protocolado na Assembleia Legislativa, as negociações avançaram para 15 pontos, todos aceitos pelos representantes do governo para serem encaminhados em forma de emendas para a Alepa, até 1º de junho (terça-feira), se a greve for encerrada.
Acontece que os compromissos acordados em mais de uma dezena de reuniões não são levados à assembleia da categoria. Ao contrário, os dirigentes além de não repassarem os acordos fechados, ainda informam à categoria que nada avançou nas negociações. Aqui, cabem os questionamentos: qual o real interesse do sindicato? A quem realmente, serve a referida entidade?
A coordenadora do Sintepp, Conceição Holanda, ao se referir à reposição dos dias parados, afirma que a proposta de aulas aos sábados será discutida com os professores, "por não ser a melhor forma, e sim estender o horário de aula, liberando os estudantes um pouco mais tarde". A Seduc considera essa proposta indecorosa e feita por alguém que há muito tempo se encontra fora de sala de aula.
Como penalizar ainda mais os alunos ampliando o horário das aulas, sem levar em consideração que muitos saem da escola para frequentar cursinhos e até trabalhar? Será que a dirigente pensa que a vida dos alunos pode ser decidida por um grupo de sindicalistas?
A Seduc, mais uma vez, ratifica que vai cobrar cada dia de aula parado, e essa decisão vai partir da comunidade escolar - pais, alunos e professores- e não de um grupo de sindicalistas, que resolveu transformar a greve, instrumento legítimo de negociação, em "palanque eleitoreiro", prejudicando milhares de alunos, que por garantia constitucional merecem uma educação de qualidade.
Por fim, a Seduc ressalta que não possui "olheiros", mas um quadro de servidores. Se o despreparo de alguns dirigentes leva o Sintepp a discriminar e excluir de uma assembleia os que não concordam com as posições de seus dirigentes, isso revela a deliberada intenção de manter a paralisação nas escolas a qualquer custo, passando por cima daquilo que deve ser compromisso de todos os professores: garantir uma educação de qualidade na escola pública.
Secretaria de Estado de Educação."