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UMA LUZ NO FIM DO TUNEL

Há algum tempo venho me desiludindo com o futebol brasileiro. Nossos principais clubes não conseguem segurar os craques emergentes em casa. Isso vem acontecendo cada vez mais cedo. Kaká, Robinho, Ronaldinho Gaúcho, Pato são alguns exemplos dessa situação. Com as finais dos campeonatos regionais, da Copa do Brasil e da Libertadores, tivemos oportunidade de assistir belas partidas no País, onde, como se sabe, sempre se praticou o melhor futebol do planeta. Contudo, a TV nos obriga a assistir, sistematicamente, jogos de Flamengo ou Corinthians, que não praticam um futebol para tanto, o que desagrada aos não fanáticos e que exigem um bom espetáculo de futebol. O último clássico entre as duas equipes foi uma verdadeira lástima, com dois ex-atletas em atividade se arrastando no gramado pesado do Maracanã. Ronaldo e Adriano mostraram ali o retrato da decadência e da teimosia no Futebol Brasileiro. Felizmente hoje existe o Santos de Robinho, Neymar e Paulo Henrique Ganso que vem encantando a todos os amantes da arte e do destemor no jogo de bola, seguidos de perto por outras equipes.
Cada uma ao seu modo vem praticando um futebol mais envolvente, dinâmico e objetivo, como é o caso do Cruzeiro, em seus melhores momentos; o Atlético Mineiro, de Wanderley Luxemburgo e Diego Tardell; O Grêmio comandado por Silas e alguns clubes emergentes como o Atlético de Goiás, o Avaí e o Fortaleza, campeões em seus estados, além, de Santo André, Ipatinga e Santa Helena vices-campeões. O exemplo santista está proliferando e, até agora, nada consegue empanar ou inibir este brilho. Confio que as arbitragens consigam evitar o anti-jogo e a violência que gera o chamado “futebol de resultado” tão feio e desestimulante.Diretoria e treinadores brasileiros têm um papel importante na evolução desse futebol tático, técnico, competitivo, coletivo e também individual na medida certa. Para continua a evoluir é necessário que os dirigentes consigam segurar por mais tempo os craques por aqui enquanto que os treinadores devem evitar escalar jogadores “brucutus” e utilizar sistemas rígidos, medrosos e retranqueiros.
No próximo dia 11/05 Dunga convocará a Seleção Brasileira para a copa da África. O nosso maior temor são seus conceitos, mais que ultrapassados, de manter o grupo que “ralou” com ele nas eliminatórias, não deixando margem para “surpresas”, independente do mérito que elas possam ter. O torcedor brasileiro que adora surpresas positivas sonha com os nomes de Neymar e Ganso nessa lista. Afinal de contas lugar de craque é na Seleção, pouco importando o time, local que atue ou idade, pois, pra quem não se lembra, Pelé, o maior de todos os craques, tinha apenas 16 anos e nenhuma experiência internacional em sua primeira convocação. Não há desculpa para mais essa teimosia de Dunga, que além de enfraquecer o nosso time ainda poderá desestimular essa nova arrancada do futebol brasileiro. Logo agora que começamos a ver a luz no fim do túnel, será que um Dunga poderá mais uma vez, a exemplo de outros treinadores turrões e reacionários, “tapar o sol com uma peneira” criando um novo retrocesso em nosso futebol? (BlogdaClub)

 
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