SARNEY: "SOU PERSEGUIDO PELA IMPRNSA"


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), aproveitou a última sessão da Casa antes do recesso parlamentar para tentar minimizar os efeitos da crise na Casa Legislativa. Ele disse ser perseguido pela imprensa, mas garantiu que reerguerá a imagem do Senado.

"Nas três vezes [que assumi a presidência], encontrei o Senado em crise. Reergui-o nas três ocasiões", afirmou. "Os insultos e ameaças não me amedrontaram e não me amedrontam", reiterou.
Sarney se diz perseguido e afirma que, contra injustiças, só silêncio e tempo
Sarney se defendeu afirmando que jamais praticou um ato que não fosse amparado em sua conduta ética. "Meu trabalho exige a sedimentação de uma profunda consciência moral de minhas responsabilidades, a obstinada decisão de não cometer erros e jamais aceitar qualquer arranhão nos procedimentos éticos que devem nortear minha conduta. Não são palavras. São 50 anos de assim proceder."
Ele ainda citou palavras do filósofo Lucius Aneu Sêneca: "As grandes injustiças só podem ser combatidas com três coisas: silêncio, paciência e tempo".
O discurso de Sarney foi acompanhado por apenas cinco parlamentares. Sarney não enfrentou grandes constrangimentos. Entre os senadores presentes estavam Álvaro Dias (PSDB-PR) e Cristovam Buarque (PDT-DF), integrantes do grupo suprapartidário que ocupou a tribuna para cobrar a saída do peemedebista do cargo.
Dias criticou a resistência de Sarney em permanecer no comando da Casa, o que traria constrangimento e descrença aos 81 senadores. "Eu que tenho muitos anos de mandato, inclusive mandato parlamentar, jamais passei por momentos de tamanho constrangimento como tenho vivido agora em razão da descrença que se generaliza em relação a esta instituição no país."
O senador pediu.
FolhadeSãoPaulo

 
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