PEDIATRAS DÃO ALERTA


No Estado do Pará, a cada mil crianças que nascem, 18.93 morrem antes de completar um mês de vida, segundo o último balanço do Ministério da Saúde, referente ao ano de 2007. Somente entre os anos de 2000 e 2007, foram mais de 24 mil óbitos de bebês com até um ano de idade no Estado. A maior parte das mortes nesta faixa etária (4.478) ocorreu em Belém, seguido de Ananindeua (1.490) e Marabá (1.009). Diante disso, os mais de 400 pediatras paraenses têm pela frente uma difícil tarefa: diminuir em pelo menos dois terços o número da mortalidade infantil até o ano de 2015. Esta é uma das metas dos 'Objetivos de Desenvolvimento do Milênio', estabelecidos no início do século em um encontro internacional.
De acordo com Amira Figueiras, presidente da Sociedade Paraense de Pediatria (SPP), a maior parte das morte (70%) é provocada pela falta de acompanhamento adequado durante a gestação e após o parto. Isso porque mais da metade dos hospitais do interior do Estado não possuem médico especializado em pediatria. 'Se tiver tudo bem, até uma parteira pode fazer um bom trabalho. Mas esses profissionais são importantes, principalmente se tiver alguma complicação na hora do parto', destaca.
A situação do Pará se torna vergonhosa quando comparada a outros Estados. Apesar de estar abaixo da média nacional - onde 19.3 crianças com até um mês de idade morrem a cada mil que nascem - encabeça a lista dos que apresentam maior índice de mortalidade infantil da região Norte. 'O que puxa o Brasil é o Nordeste. Mas, perto de São Paulo ou Rio de Janeiro, por exemplo, estamos muito ruim'.
No total, 77 mil crianças com menos de um ano de idade morreram de 2000 a 2007, em toda a Região. Registrando, nesse mesmo período, 24.511 óbitos de crianças nesta faixa etária, o Pará se apresenta com o dobro de mortes do vizinho Amazonas (11.878).
(Amazônia)

 
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