A polícia paraense desarticulou e prendeu, em quatro Estados brasileiros, além do Pará, uma quadrilha que falsificava cédulas de Real e aplicava golpes para fazer a 'lavagem do dinheiro'. Com os integrantes do bando foram apreendidos R$ 50 mil em notas de R$ 50,00, no quartel general dos criminosos, em Goiânia. Ao todo, sete pessoas foram presas, entre elas, duas mulheres.
As investigações começaram após denúncia de um empresário paraense, que foi vítima do golpe. 'Ele perdeu a quantia de R$ 97 mil e denunciou o caso à polícia', explicou o assessor de imprensa da Polícia Civil, Walrimar Santos.
Ainda segundo a polícia, a quadrilha falsificava as cédulas e tentava passar o dinheiro, aplicando um golpe conhecido como 'conto do vigário', quando o bandido oferece um prêmio em dinheiro à vítima, que, em troca, deve fazer um investimento inicial para ter direito a receber a quantia prometida.
ORM
Um dos líderes da quadrilha, Luis G. C., 64 anos, foi preso em Goiânia, no quartel general do bando, onde o dinheiro falso era fabricado. No local, foram apreendidos materiais usados na composição das notas. De acordo com a polícia, Luís já praticava o crime há cerca de 20 anos e, inclusive, responde por ele no Pará, Rio de Janeiro e Recife.
Segundo as investigações comandadas pela Divisão de Investigações e Operações Especiais da Polícia Civil do Pará, a quadrilha agia nos Estados do Pará - capital e município de Goianésia-; Açailândia (MA); Teresina (PI); Fortaleza (CE) e Recife (PE).
As prisões ocorreram entre os dias 4 e 8 de setembro. Todos os presos e o dinheiro apreendido foram trazidos para Belém. Na delegacia, o líder do bando mostrou à polícia como fabricava as notas, usando os componentes químicos apreendidos.
Os presos vão responder pelos crimes de estelionato, formação de bando ou quadrilha e falsificação de cédulas.
