De cada dois belenenses, um possui algum tipo de restrição ao crédito. Segundo dados da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belém (CDL-Belém), 1,020 milhão de pessoas que residem na Capital possuem pendências junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). No cruzamento com os dados do IBGE relativos à População Economicamente Ativa (PEA) da região, que é de 1,764 milhão de habitantes, a proporção de residente em Belém com restrições chega a 57,82%, ou seja, mais da metade da população de Belém está com o 'nome sujo'. Por esse motivo, lojistas e consumidores devem ficar atentos, já que se aproxima dezembro, mês propício para as compras.
Consultar sempre os cadastros de consumidores no SPC, evitar vender a prazos muito longos, não colocar o interesse da venda acima da cautela e fazer cadastro de clientes com referências e histórico de compras no estabelecimento são algumas recomendações que a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) está fazendo aos comerciantes. Para os clientes, a Confederação orienta para que prefiram pagar à vista, planejem o futuro financeiro e elaborem uma planilha mensal dos gastos domésticos.
Segundo o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro, na hora das compras os consumidores devem optar por prestações menores. 'É preciso também somar os juros e calcular o preço final dos produtos comprados a prazo. É interessante não se ater ao valor da prestação, mas ao valor final do produto', sugere.
Para o gerente de Marketing de uma rede lojas local, Apoena Augusto, o comércio tradicionalmente faz campanhas de regularização para salvar o Natal dos endividados. 'No caso das empresas que possuem índice de inadimplência pequeno, a campanha não toma grandes proporções, mas ela não deixa de existir', assegura. Segundo ele, estabelecimentos de médio porte executam ações internas, utilizando mecanismos como os próprios boletos do cartão ou correspondências de mala direta. PortalORM