CARTORÁRIO É PRESO EM DOM ELISEU

Cartorário do TJE é preso por extorsão

O chefe do cartório da Comarca de Dom Eliseu, Wendel Luís Pereira da Silva, foi preso por policiais da Corregedoria de Polícia Civil do Estado do Pará, no início da tarde de ontem, depois de tentar extorquir uma pessoa que havia sido presa na delegacia da cidade, há cerca de dois meses. Ao praticar o crime, o serventuário chegou até mesmo a utilizar, indevidamente, o nome do juiz da Comarca, Daniel Lobato. Dois policiais civis lotados na Delegacia de Dom Eliseu também tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça. No entanto, para a reportagem de O Liberal, a Corregedoria não revelou a identidade dos policiais e também não confirmou se as prisões dos servidores chegaram a ser efetuadas ainda na tarde de ontem.

Conforme investigações da Polícia Civil e do Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc) do Ministério Público do Estado, no dia 15 de fevereiro deste ano, um homem foi detido na barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Dom Eliseu e autuado por porte ilegal de arma. Apresentado na delegacia da cidade, o acusado, que também não teve o nome revelado, mas pagou R$ 3 mil em dinheiro para ser liberado da cadeia. Para tanto, o mesmo teria negociado com os policiais o valor total de R$ 20 mil, que, segundo os policiais, seriam divididos entre eles, o diretor de secretaria do Fórum e ainda o juiz da comarca, Daniel Lobato, que sequer sabia da ocorrência.

Como a vítima não possuía todo o valor em dinheiro, foi obrigada a entregar ao chefe de secretaria vários cheques de sua empresa para pagar o valor exigido. Como o compromisso não foi honrado, o cartorário passou então a fazer ligações para o telefone celular da vítima, dizendo que caso ele não efetuasse o pagamento do dinheiro restante, o juiz Daniel Lobato mandaria prendê-lo. Para assustar mais ainda a vítima, Wendel Pereira dizia para a mesma que estava segurando um mandado de prisão, já assinado pelo magistrado. Não suportando mais as ameaças e pressões, a vítima resolveu denunciar tudo à Corregedoria de Polícia civil, narrando todos os detalhes do caso. (ORM)

 
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