Começa na terça-feira, 10, mais um período do defeso do caranguejo, quando fica proibido em todo o Estado do Pará a captura, o transporte, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização do crustáceo ou de suas partes. O objetivo da proibição é garantir a proteção dos animais para a reprodução da espécie. Nos restaurantes 'toc-toc', que têm como carro-chefe a venda de caranguejo, os proprietários já se preparam para estocar crustáceos, com a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A partir do dia 10 fica proibida a captura, o transporte, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização
Em um dos restaurantes especializados em caranguejo, no bairro da Pedreira, o movimento costuma ser grande, principalmente durante os finais de semana. O proprietário, Raimundo Gatinho, já providenciou a licença do Ibama para poder abrir o restaurante durante os períodos de proibição. Hoje, ele deve receber dos fornecedores cerca de 700 caranguejos para o armazenamento desta semana. 'A gente não pode fechar as portas em respeito aos nossos clientes, então o jeito é estocar o caranguejo. Acabamos tendo prejuízo, porque muitos caranguejos morrem quando ficam muito tempo estocados, mas é o jeito', afirma Gatinho, que já está no ramo há mais de 30 anos.
Os consumidores que costumam frequentar os restaurantes 'toc-toc' concordam com a proibição da captura durante o período do defeso. O casal Romulo e Lurdes Moraes acredita que a medida é necessária para garantir a reprodução da espécie e, assim, evitar que o crustáceo falte. 'Acho que esse período tem mesmo que ser respeitado, pois faz parte do
equilíbrio da natureza', disse Romulo.
equilíbrio da natureza', disse Romulo.
Em outro restaurante da capital, na travessa Mariz e Barros, a casa ontem estava cheia. Várias famílias aproveitaram o domingo para degustar o produto. O casal Silvia Santos e Marco Duarte almoça caranguejo no restaurante pelo menos duas vezes por mês. 'Temos que preservar para não faltar', afirmou Silvia.
O primeiro período do defeso vai até o dia 15. Depois disso, o produto é liberado para comercialização por cerca de oito dias. O defeso volta a acontecer no período de 24 a 29 de janeiro. No mês seguinte, em fevereiro, a proibição será no período de 8 a 13 e 22 a 27. Em março o defeso ocorre entre os dias 9 a 14 e 23 a 28. No total, serão seis períodos de defeso durante o ano.