Em assembleia geral, professores da rede estadual decidiram que a proposta governamental de parcelamento do piso, este ano, não será aceita. Em seu favor, a categoria tem o parecer do Ministério Público Estadual (MPE) que recomenda o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A assembleia reuniu cerca de 150 professores, ontem de manhã, no auditório do Centro Social de Nazaré, bairro de Nazaré, em Belém.
Uma das coordenadoras do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Conceição Holanda disse que a expectativa da categoria é que o Tribunal de Justiça do Estado (TJE) acate o parecer do MPE e determine o imediato pagamento do piso. No final do ano passado, o governo apresentou ao Sintepp a última proposta de pagamento. Parte do piso ainda devido só seria paga a partir de março e parte, a partir de setembro, sem que a conta considere o retroativo.
Protagonistas de uma greve de 47 dias, em 2011, eles ainda analisam mecanismos de pressão ao governo como o início do ano letivo de 2012 somente após a integralização do piso.
Ontem, ficou definido que até a próxima semana, será feito o contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para que seja retomada a mesa de negociação.
Além do piso, o Sintepp quer discutir a estratégia de lotação dos professores já que o governo precisará implantar a hora atividade. Isso significa que cada profissional dedicará 20% da jornada ao planejamento da aula. O sintepp adianta que o quadro atual de professores não será suficiente para atender essa adequação. (orm)