Reajuste de 4,5% para todos os servidores não beneficiados pela correção do salário mínimo, garantindo a reposição da inflação e garantia do deslocamento aos servidores com nível superior que tenham vencimento base no salário mínimo, variando de 10% a 10,5%. O governo também propõe um reajuste do auxílio alimentação de 4,5%, sobre os valores de R$ 110 e R$ 90 no mês de outubro.Essa foi a proposta reiterada pelo governo à Intersindical em reunião na tarde desta sexta-feira (23), em mais uma rodada de negociações para o Acordo Coletivo de 2010. Os representantes dos sindicatos foram recebidos, na Sepof, pelos secretários de Planejamento, Orçamento e Finanças, José Júlio Lima, de Administração, Wilson Figueiredo e o assessor da Sepof, Mauro Leônidas.O secretário assinalou a política de reposição salarial pelo diálogo com todas as representações de classes e segmentos, em prol de uma maior valorização dos servidores públicos. E explicou que a proposta reflete os efeitos da crise econômica, que teve reflexos negativos na arrecadação e nos repasses federais. "A arrecadação de janeiro e fevereiro caiu em relação ao mesmo período do ano passado. Somado a isso, o impacto do reajuste do salário mínimo, de quase 10%, gerou um impacto na folha do Estado de 12 milhões por mês" ressaltou o secretário.
O Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração está sendo trabalhado para ser concluído este ano. Na próxima segunda-feira (15), integrantes da Intersindical e do governo se reúnem para discutir ajustes técnicos no plano.Sobre as mesas específicas, os órgão apontados pela Intersindical receberam ofício para indicar nomes e datas para as respectivas instalações. As mesas específicas do Detran e da Sema já estão com o processo mais adiantado para a instalação.O diálogo entre governo e Intersindical continua em próxima rodada de negociações, na Sepof, no dia 19 de março, quando serão debatidas claúsulas pendentes da pauta de reivindicação.
Histórico - O secretário José Júlio comparou os 12 anos de perdas acumuladas com a situação atual dos servidores. Além de não permitir perdas, o Governo Popular ainda concede, na medida do possível, ganhos reais. Em 2007, já no 1º ano de governo, concedeu aumento linear de 9,8% para todos os servidores públicos do Estado, diante de uma inflação média de 5%. Em 2008, concedeu os percentuais de 9,21% para o nível operacional, 10,07% para o nível médio e 6,5% para o nível superior, diante de uma inflação de 5%. (DiáriodoPará)