PARA BANCADA FEDERAL, ESTADO DO PARÁ ESTÁ FALIDO


Para bancada federal, Estado está falido No dia 9 de novembro a governadora Ana Júlia Carepa desembarca em Brasília acompanhada pela equipe da área econômica do governo. Vai tentar “apagar o incêndio” provocado após a reunião realizada entre a bancada federal do Pará e os secretários de Planejamento, José Júlio Ferreira Lima e da Integração Regional, André Farias, na última terça, 27, na Câmara Federal. Os deputados presentes ficaram “apavorados”, como eles mesmos descreveram, com o volume de recursos contraídos em empréstimos pelo Governo do Estado. Segundo os parlamentares, a situação financeira do governo é “gravíssima”.
“O Pará está falido, quebrado. Queremos uma explicação da governadora”, declarou o deputado Vic Pires (DEM), após ouvir de José Júlio que o governo já comprometeu todo o dinheiro que entraria no caixa do Estado proveniente de compensações financeiras sobre royalties e participações sobre a exploração de petróleo, gás natural e recursos hídricos e minerais até o final de 2010.
Além disso, o Governo do Pará já contraiu empréstimo junto ao BNDES no valor de R$ 244 milhões. Durante a reunião os secretários informaram aos parlamentares que o Governo Ana Júlia já solicitou ao BNDES um novo empréstimo, e que precisa do apoio dos parlamentares para intercederem junto à bancada estadual para que aprovem na Assembleia Legislativa o mais rápido possível a solicitação de empréstimo.
O deputado Wandenkolk Gonçalves (PSDB), revelou sua indignação: “Fomos surpreendidos com o anúncio de um novo empréstimo de volume muito maior que a governadora Ana Júlia quer contrair junto ao BNDES, o que vai comprometer as finanças do Estado até 2011”, revelou Wandenkolk.
HERANÇA MALDITA
Como as informações fornecidas pelos secretários ficaram confusas para quem participou do encontro em Brasília, os deputados disseram que vão buscar informações junto às suas bases na Assembleia Legislativa. “Já falei com as bases. Pretendo formalizar minhas denúncias quanto à capacidade de endividamento do Estado junto ao Tribunal de Contas”, informou Wandenkolk. Segundo ele, ao se confirmar o que foi dito na reunião, “corre-se o sério risco de entregar ao próximo governo um estado quebrado, uma herança maldita”, desabafou.
Mais comedido, Zequinha Marinho (PMDB)
acredita em uma explicação para a necessidade de contrair novos empréstimos. “É claro que fiquei surpreso mas os secretários informaram que o problema foi a queda na arrecadação”. Ele explicou que o novo empréstimo é de valor bastante superior aos R$ 244 milhões já pedidos junto ao BNDES. “Como é um valor superior, ficaria sim uma dívida para o próximo governo pagar”, confirmou.
UM BILHÃO E MEIO
“A situação é extremamente preocupante. Ainda vamos levantar todos os dados. Mas a informação que tenho hoje é que o Pará já tomou mais de 1,5 bilhão de reais em empréstimos. Isso é grave”, alerta o senador e um dos coordenadores da bancada do Pará, Flexa Ribeiro (PSDB). (diáriodoPará)

 
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