PROFESSORES DENUNCIAM FRAUDE EM PROVA DA UFPA

Professores do Colégio Impacto, em Belém, pretendem entrar com uma ação no Ministério Público Federal para que seja investigada a denúncia de um possível vazamento de uma questão do Processo Seletivo Seriado 2010 da Universidade Federal do Pará para outra instituição acadêmica da cidade. A questão número 19 de Geografia apresentou itens completamente idênticos ao de um exercício apresentado aos alunos do colégio Universo alguns dias antes da prova. “Cinco itens são iguais ao de uma questão que está disponível na internet, mas os professores do Universo apresentaram um item a mais que, coincidentemente, também está na questão da UFPA”, diz o professor de Geografia Antonio Carvalho.
“Queremos que a UFPA nos dê uma explicação convincente. Caso contrário entraremos com uma ação no Ministério Público pedindo, quem sabe, até a anulação da prova”, afirma o também professor de Geografia do Impacto Nonato Bouth. O gráfico e as alternativas que estão na prova da UFPA são iguais ao que foi apresentado como exercício para os alunos do Universo, segundo denuncia o colégio Impacto.A questão foi anulada pela universidade. Em nota de esclarecimento a UFPA informa que anulou a questão “após análise realizada por uma equipe de professores da UFPA, que detectou proximidade da questão com a de uma prova de concurso vestibular da Universidade Federal da Bahia, aplicada em 2007”. De acordo com a diretora do Centro de Processos Seletivos da UFPA (CEPS/UFPA), Marilucia Oliveira, a Universidade “tem um compromisso moral de prezar pelo ineditismo das questões de seu vestibular. Embora não haja nenhuma obrigatoriedade legal para que as questões de vestibulares sejam inéditas, a anulação foi decidida pela UFPA, por mérito de lisura, ainda na segunda-feira, à noite, 23 de novembro”. A retificação do gabarito foi realizada ontem.“Nós temos um controle de qualidade e um padrão mínimo que não admite questões repetidas em nossas provas. Por isso, após ter sido detectada a proximidade da questão com a da prova de outra instituição, achamos ético anulá-la”, afirma Marilucia Oliveira.
(DiáriodoPará)

 
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