SIMÃO JATENE FALA SOBRE AS MORTES DOS BEBÊS GÊMEOS NA SANTA CASA

“Qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade tem que lamentar um episódio dessa natureza.". A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira pelo governador Simão Jatene, em entrevista à imprensa, a primeira concedida sobre o caso da morte dos bebês gêmeos na Santa Casa de Misericórdia do Pará, no último dia 22. Ele foi enfático ao afirmar que a decisão de afastar dos cargos a diretora-presidente da Fundação Santa Casa de Misericórdia, Maria do Carmo Lobato, e a gerente de Tocoginecologia do hospital, Florentina Balby, foi a mais correta e necessária. "Sempre digo que quando existe risco de vida, qualquer código de ética, qualquer princípio, qualquer regra, tem que estar submetido ao código da vida”, afirmou.
A conversa com os jornalistas ocorreu após a visita do governador ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, na manhã desta quinta-feira, 25. Questionado sobre quais os rumos que a investigação tomará a partir de agora, o chefe do Executivo Estadual disse, ainda, que precisa ter mais informações de como o fato se deu, principalmente no que se refere à participação do Hospital das Clínicas no caso. Disse também que não vê a necessidade de uma investigação federal no caso. “Temos que ouvir todos os lados e continuar tomando medidas para o enfrentamento desses problemas, não só nesse caso da Santa Casa, mas no sentido de oferecer um serviço de saúde pública melhor. Como vocês acham que eu me sinto ao lembrar que na gestão passada a Santa Casa chegou a receber prêmio como Hospital Amigo da Criança?, ressaltou.
Jatene enfatizou que, assim como todos os paraenses, espera que fatos como esse não se repitam e que todas as pessoas que optaram por serem servidores públicos vejam este triste episódio como uma prova de que essa é uma escolha de vida e não apenas de trabalho. “O nosso dever último é com a própria população. Não pretendo justificar nada porque a perda de uma vida é injustificável, mas posso dizer que o nosso compromisso com a saúde vem sendo, sim, exercitado dia a dia, muitas vezas até de forma silenciosa”, disse. (ouça a declaração do governador)
Para exemplificar as ações desenvolvidas na área da saúde pelo atual governo, Simão Jatene falou sobre a questão da hemodiálise. “Quando assumimos a gestão os jornais noticiavam casos de pessoas morrendo por esse problema. Não resolvemos o problema, mas conseguimos reduzir drasticamente a fila de espera e estamos trabalhando para zerá-la o mais rápido possível”. (ouça o áudio)
Outro exemplo dado pelo governador foi a questão da falta de leitos em hospitais. “Ainda esses dias, mesmo considerando dificuldades financeiras pelas quais o estado passa, nós desapropriamos um hospital porque achamos que o assunto era sobremaneira urgente que não daria tempo para esperar pela conclusão da Santa Casa ou do Ophir Loyola. Por isso desapropriamos o espaço que, espero, em 30 ou 60 dias estará disponibilizando novos leitos para a população”.
Requalificação dos hospitais – Simão Jatene falou aos jornalistas sobre o programa de requalificação dos hospitais municipais em todo o estado. A medida visa minimizar os problemas na área da saúde no interior. “A melhor atitude para mudar a sociedade é o cooperativismo. Estamos sinalizando para os municípios um programa de requalificação desses estabelecimentos. A expectativa é que até o fim dos quatro anos desse governo, 20 hospitais municipais sejam requalificados, e o primeiro deles será o de Abaetetuba", onde o governador esteve no ultimo dia 15 e autorizou o início das obras. (ouça o áudio)
“Vamos entrar nessa empreitada cuidando da reforma física, comprando equipamentos, ajudando no pagamento dos funcionários, por entendemos que de fato a atenção básica é responsabilidade do município. Mas é preciso, antes de tudo, ter muito claro que, se há um problema crítico na saúde, é preciso primeiro resolvê-se e depois discutir de quem é a responsabilidade - da União, do Estado ou do município. Quando alguém chega precisando de atendimento não pode ficar esperando para saber quem é o responsável. A missão que todos nós temos, independente de sermos da área medica ou não, é salvar vidas”, concluiu o governador.
Bruna Campos - Secom

 
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