O Ministério Público do Estado, que investiga as responsabilidades civis e criminais pelo desabamento do edifício Real Class, ocorrido no último sábado, tem um de seus prédios sob risco de desabamento. O imóvel em questão é o que fica na rua Ângelo Custódio, na Cidade Velha, e que abriga as Promotorias de Justiça de Direitos Constitucionais e do Patrimônio Público. Um ofício assinado pelo coordenador das promotorias, Nelson Medrado, foi protocolado anteontem ao procurador-chefe do MPE, Geraldo Rocha, solicitando providências urgentes.
No documento ao qual o DIÁRIO teve acesso através de uma fonte, Medrado solicita as providências necessárias para que sejam solucionados “os graves problemas estruturais verificados no prédio onde estão instaladas as Promotorias de Justiça de Direitos Constitucionais e do Patrimônio Público ou apressada nossa transferência para local adequado e com condições de abrigar estas Promotorias”.
Em reunião no último dia 19 de janeiro, os promotores foram convocados a ouvir esclarecimentos sobre o contrato com a Fundação Getúlio Vargas, que visava a reestruturação funcional do MPE, no prédio onde funcionam as citadas promotorias. Na ocasião, informaram a Geraldo Rocha que o prédio não oferecia qualquer condição. O ofício traz junto várias fotos de ambientes que trazem as rachaduras e infiltrações.
Medrado relata no ofício que há recalques dos pisos, alagamentos constantes das salas, rachaduras e fissuras, inclusive em um dos pilares de uma das salas térreas, que “estão intranquilizando os servidores e promotores que têm que desenvolver suas atividades no local, principalmente pela insalubridade do ambiente, constantemente inundado pelas águas da chuva que castigam a cidade nesta época do ano”. (Diário)
