A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de barrar a candidatura de políticos enquadrados na Lei da Ficha Limpa, como é o candidato ao Senado Jader Barbalho (PMDB), que teve o registro impugnado na noite de quarta-feira passada por ter renunciado para não ser processado por quebra de decoro, deve ter o efeito de uma ventania em relação às estratégias operadas até o dia 3 de outubro no Pará.
Candidatos que também estão pelo fio da navalha, como Paulo Rocha (PT) e Luiz Sefer (PP) - na iminência de ser impugnados pelos mesmos motivos de Jader Barbalho - já começam a voltar os olhos para o Supremo Tribunal Federal (STF), que inevitavelmente deverá decidir se a Lei da Ficha é constitucional ou não. Ao contrário, os candidatos que não enfrentam problemas com a Justiça estudam como fazer melhor uso, no programa eleitoral gratuito, de informações que os coloquem em vantagem sobre os concorrentes que estão 'pendurados' nesta reta final de campanha.
A candidata ao Senado pelo PSOL, Marinor Brito, é uma das que pretendem abordar o assunto nos próximos programas. De acordo com Marcos Soares, um dos coordenadores de campanha do PSOL, o assunto ainda será debatido nas reuniões do grupo, mas é grande a possibilidade da candidata - que já se apresenta como a 'opção de mudança e da ética' nestas eleições - também reforçar a segurança do voto na campanha. 'Ela é um voto seguro, que não corre o risco de ser anulado depois pela Justiça. Também tem um passado limpo', afirmou.
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