Hoje é a última chance para apostar na Mega-sena e disputar o superprêmio de R$ 90 milhões. As filas reúnem quem sonha com a vida de milionário, mas também quem se amedronta com a cifra diante das mudanças que a bolada pode provocar na vida. O número de apostas para o concurso 1.211 superou as expectativas da Caixa Econômica Federal. Com isso, a estimativa de prêmio passou de R$ 85 milhões para R$ 90 milhões, informou o banco ontem.
O sorteio dos números premiados será às 19h. Algumas casas lotéricas de Belém já previam, ontem, que pudessem atender o público até o final da tarde. A decisão dependeria da procura. Se o movimento foi forte, o expediente não se encerrará às 14h, como ocorre tradicionalmente, segundo atendente de lotérica localizada na avenida Brás de Aguiar.
Ontem, a procura era intensa. O maior estímulo é a estimativa de que o prêmio chegue a R$ 90 milhões, o segundo maior valor já pago pela loteria. O maior de todos chegou a R$ 144,9 milhões e foi pago pela Caixa Econômica Federal no jogo do último dia do ano passado.
Tanto dinheiro mexe com a imaginação dos apostadores, que antecipadamente fazem planos de como gastar da melhor forma. Antes mesmo de ganhar, eles também dedicam parte de seu tempo pensando em como seria a vida de um milionário. ORM
A dona de casa Mônica Botelho, por exemplo, aponta o lado positivo e o negativo das mudanças. O bom é poder comprar o que se quiser e ajudar os outros, desde a família até desconhecidos que vivem em condição precária. O ruim é se tornar intolerante e se comportar como o "dono do mundo", explica.
O montador de automóveis Nizomar Junior acrescenta os riscos associados às grandes fortunas, como assaltos e sequestros. Para ele, ganhar o prêmio total é um desejo sem contestação, mas a avaliação sobre as consequências faz com que a possibilidade de ter "só" um terço do prêmio já cause enorme satisfação.
Ambos advertem, porém, que as apostas sempre são feitas pensando no prêmio integral, porque se acredita que os benefícios de tanto dinheiro na vida de uma pessoa são maiores que eventuais problemas. "Não se expondo muito dá pra viver bem", dá a receita Nizomar. ORM