O Governo do Estado começa a pagar o 13º salário aos servidores a partir de hoje, 12. A folha tem 102 mil funcionários e custará aos cofres públicos R$ 278 milhões. O valor representa cerca de 13% do total dos R$ 2,1 bilhões que serão injetados na economia paraense neste final de ano. O calendário do 13º começa pelo grupo dos inativos militares e pensionistas militares e civis. Os servidores da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) serão os últimos a receber, no dia 16.
A partir do 22, o Estado começa o pagamento dos salários de dezembro. O calendário também começa pelos inativos e termina com os trabalhadores da área da Educação.
Para os trabalhadores do setor privado, o prazo para pagamento da segunda parcela do décimo termina dia 20 deste mês. O Dieese calcula que 1,7 milhão de pessoas devem receber o salário extra este ano.
Dos beneficiários, 701,2 mil são aposentados ou pensionistas da Previdência Social e os outros 57% ocupam vagas no mercado formal. Os empregados domésticos com carteira assinada correspondem a 2,3% do total.
O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Sócio-Econômicos (Dieese), Roberto Sena, diz que o pagamento do 13º é importante para as finanças do Estado, já que vai gerar impostos e movimentar a economia paraense.
O economista observa que, tradicionalmente, o segundo semestre é dedicado à movimentação econômica. Em setembro, R$ 150 milhões foram colocados em circulação com o 13º antecipado para aposentados. Em outubro, mais R$ 800 milhões foram gastos com as festas do Círio de Nazaré. A estimativa do Dieese é que R$ 2,1 bilhões serão pagos até o dia 20 no Pará como salário extra. "São quase R$ 3 bilhões nesse segundo semestre e a maior fatia é do 13º", destaca o economista.
O pagamento do décimco teve um acréscimo 23% em relação ao mesmo período do ano passado. Também cresceu 7,88% o total de trabalhadores beneficiados pelo pagamento. A média de pagamentos é de R$ 1.154,96. Aposentados e pensionistas têm uma média inferior, de R$ 817,75.
Considerando apenas os empregados do mercado formal, a média é R$ 1.536,16. E, se o trabalhador for o empregado doméstico, o valor cai para R$ 601,60.(ORM)