TESTEMUNHAS JÁ DEPORAM NO JULGAMENTO DA MÉDICA

Francisco dos Santos é acusado do assassinato da própria esposa, Viviane dos Santos
 Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas, na manhã desta quarta-feira (3), no Tribunal de Júri de Santa Maria do Pará, durante o julgamento do técnico de enfermagem Francisco Charles dos Santos, acusado do assassinato da esposa, a médica Viviane Marins dos Santos. Por volta de 15h, o médico legisla Malcher, testemunha de defesa, iniciou o depoimento. A previsão é de que o julgamento termine nesta quinta-feira (4).
A sessão acontece no salão do Fórum da Comarca sob a presidência da juíza Priscila Mousinho. No total, 12 pessoas vão prestar depoimentos, sendo sete delas testemunhas de acusação. As demais são as que a defesa deverá apresentar.
Familiares e amigos de Viviane estão no tribunal acompanhando o julgamento. Os pais da vítima vieram do Rio de Janeiro e aparentavam estar bastante abalados. Do outro lado, Francisco Charles se mostra bem tranquilo.
Os promotores de justiça Francisco Vale e Daniela Meneses sustentam a acusação contra o acusado, de ser autor da morte da mulher, motivado por interesses econômicos. Consta na acusação que a vítima estava infeliz com o companheiro por conta de relações extra conjugais que ele mantinha. Depoimentos de testemunhas colhidos durante a fase do inquérito policial e na instrução processual dão conta que, a médica pretendia se separar do marido, mas, segundo os autos, este não estaria disposto a perder a estabilidade econômico-financeira que alcançou após a união.
Na outra tribuna, em defesa do acusado, que nega ter cometido o crime, está o advogado criminalista Hilário Carvalho.  A versão do réu é de que o casal trafegava pela rodovia BR-010, região nordeste do Pará, próximo ao "Ramal da Torre", no sentido Belém- Paragominas - esta última cidade onde eles residiam - quando avistaram uma mulher com uma criança no colo e um homem caído com sua moto no chão. Ainda de acordo com a versão do réu, o casal resolveu socorrer a suposta família, mas, na verdade, era um assalto e a criança seria um boneco. 
O resultado foi o baleamento da esposa, que morreu pela gravidade do ferimento. O enfermeiro também baleado sobreviveu por ter sido socorrido.  O fato criminoso ocorreu por volta das 20h do dia 20 de setembro de 2010, tendo a médica sofrido o baleamento pela suposta mulher que teria anunciado o assalto, por ter a vítima se voltado para o banco de traz onde estava o filho do casal. Segundo o acusado, ele tentou desarmar a assaltante, mas acabou também sendo atingido por um disparo.

 
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