O MUNDO NÃO ACABOU ! ! !


O mundo não vai acabar hoje. O que seria o "fim do mundo", baseado numa profecia Maia, nada mais é do que o final de uma era; de um ciclo de 5.125 anos que fazia parte dos calendários desse povo. Historiadores e profissionais ligados ao ramo da astrologia e religião garantem que toda a ideia de um fim apocalíptico do planeta Terra ou até do universo só existe, de fato, na cultura judaico-cristã. Os Maias, que não foram extintos, pois existem milhões de descendentes espalhados pelas Américas, incluindo o Brasil, não acreditavam em fim do mundo, mas sim em mudanças e no constante recomeço. Apesar de várias teorias e pesquisas provando que não há razão para desespero, com informações do próprio povo Maia, em várias partes do mundo existem preparativos sérios para uma possível catástrofe, com abrigos e suprimentos, na Alemanha, Estados Unidos, Espanha e México, por exemplo. Nas ruas e pelas redes sociais sobram piadas e propagandas que se aproveitam deste "grande evento", que todos os anos vai acontecer desde a virada do ano 999 para 1000.
O mundo só vai acabar neste dia 21 para quem morrer, pois não haverá fim do mundo", é o que diz a historiadora Leila Mourão, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA). "Não posso garantir que algo não acontecerá, pois alguém de repente pode começar uma guerra, detonar bombas nucleares que causarão uma catástrofe, mas posso garantir que os Maias não previram nenhum apocalipse", assegurou.
Leila observa que o famoso calendário Maia é um prato de cerâmica cheio de inscrições referentes a vários ciclos e atividades relacionadas a cada período (curto ou longo), como as guerras, colheitas e eventos. Os dados inscritos são referentes ao passado, presente e futuro. A imagem mais conhecida desse calendário tem registros até o final desse ciclo de 5.125 anos. Tal período, na cultura Maia, representava uma era. O fim de uma era, que é exatamente hoje, significa novas possibilidades, novos modos de vida, novas condições do planeta. Essa noção temporal representa o tempo necessário para que a população adquira novos conhecimentos e o mundo passe por mudanças climáticas e geográficas.
Para os Maias hoje não é o fim e sim o início de mais um ciclo de 5.125 anos. "Para nós, um calendário é uma folhinha descartável a cada 365 dias. Para os maias, o calendário é um documento histórico", diz. Atualmente há menos de 100 códices dos registros culturais dos Maias. Justamente o que deu início a tantas previsões e profecias foi um códice incompleto.
A historiadora explica que toda a ideia de fim do mundo prevista no calendário Maia começou com um erro de interpretação dos pesquisadores Marcelo A. Canuto (diretor do Instituto de Pesquisas Mesoamericanas de da Universidade de Tulane, New Orleans) e David Stuart (diretor do Centro Mesoamericano da Universidade do Texas). Ao analisar apressadamente um calendário maia (provavelmente por pressão das instituições nas quais trabalham), concluíram de imediato que por não haver nada após 5.125 anos, o que representaria o 21 de dezembro de 2012, seria o fim do mundo, marcado por um grande evento.
Pesquisadores reconhecem erro e voltam a estudar calendário
A historiadora Leila Mourão explica com detalhes o que ocasionou a confusão sobre o fim do mundo. Segundo ela depois de terem espalhado o medo, os pesquisadores perceberam o erro e se debruçaram novamente sobre o calendário, fizeram estudos mais cuidadosos e perceberam que o evento do 21 de dezembro de 2012 na verdade seria o retorno anunciado de um poderoso governante. "Esse governante era Maia, Yuknoon Yich’ aak K’ahh (Garra de Fogo ou Pata de Jaguar). O governo dele foi marcado por vitórias nas guerras, avanço cultural e científico e prosperidade. Ele então se autointitulou como o senhor do 13º K’atun (período que consiste em 19,7 anos e então seria o ano maia 692). Para se eternizar, associou seu nome com o próximo ciclo longo, que culminaria com o próximo número 13 do calendário Maia, que é ao final deste ciclo. Os Maias usavam o calendário sempre com a ideia de continuidade, estabilidade e longevidade. Não para prever o fim do mundo", detalhou Leila, com base nas novas conclusões dos pesquisadores Canuto e Stuart.
De forma bem-humorada e informal, Leila associou que a volta prevista do poder de Yuknoon Yich’ aak K’ahh, o senhor do 13º K’atun Maia, seria a própria presidenta Dilma Rousseff. "Observe-se: o Brasil está no destaque e reforçando a importância dos países do hemisfério sul pelo espaço produtivo, cultura e recursos naturais. E na representação desse país, está a presidenta Dilma. Quem sabe ela seria a senhora do 13º K’atun?", brincou. A teoria do fim do mundo assustou muita gente e alimentou outras centenas de teorias sobre o final dos tempos no planeta Terra.

 
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