O Brasil conta com a criatividade de Kaká e Robinho, ausentes na rodada anterior, para enfrentar nesta segunda-feira, 28, às 15h30 (de Brasília), com cobertura especial do Estadão.com.br e transmissão da Rádio Eldorado/ESPN, seu maior freguês sul-americano dos últimos dez anos. O confronto com o Chile pelas oitavas de final da Copa do Mundo, em Johannesburgo, pode ter prorrogação de meia hora e até mesmo ser decidido nos pênaltis. Basta que não haja vencedor nos 90 minutos e, para o segundo caso, que o empate persista no tempo extra.
O técnico Dunga prefere ignorar o retrospecto mais recente entre as duas seleções. "Os últimos resultados contra o Brasil servem até de motivação para os chilenos, não tem jogo fácil", disse, em entrevista no domingo, no local da partida, o Ellis Park Stadium.
Há nove tradicionais adversários do Brasil na América do Sul, notadamente a partir das últimas eliminatórias de mundiais. O Chile, entre todos, foi o que mais sofreu derrotas (8) para a seleção - e também o que mais levou gols (29) - desde 2000. A partir da efetivação de Dunga como técnico da equipe, em agosto de 2006, houve mais cinco jogos com os chilenos e o Brasil não deixou escapar a vitória em nenhum deles.
Pela característica dos dois times, o jogo deve ser aberto, provavelmente com muitas chances de gol. O Chile, do técnico argentino Marcelo Bielsa, é avesso a retrancas e recorre à velocidade para surpreender nos contra-ataques. O Brasil, com o trio Kaká, Robinho e Luís Fabiano, tem mais qualidade, além de uma defesa muito forte, com exceção da lateral-esquerda, setor vulnerável por causa da irregularidade de Michel Bastos. (Ae)
Dunga deve escalar Elano ao lado de Kaká. O ex-santista ficou fora dos minutos finais do jogo com a Costa do Marfim e não participou do empate contra Portugal - o que o livrou de ouvir uma vaia ruidosa, de mais de 60 mil pessoas, direcionada aos atletas das duas seleções ao fim da partida. Elano sofreu uma pancada no tornozelo e passou os últimos dias em tratamento. No sábado, treinou com o grupo, de tênis, e parecia inseguro. No domingo, calçava chuteiras e estava mais desenvolto.
Situação mais delicada é a de Felipe Melo. Também com dores de tornozelo, vai ser reavaliado neste domingo para saber se tem condições de atuar. Josué, seu reserva imediato, estará atento à palavra dos médicos.