CONSELHOS ESCOLARES NA MIRA DA SEDUC

Seduc pede prestação de contas da verba do fundo federal
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) pretende ingressar com uma representação criminal no Ministério Público Federal (MPF) contra os Conselhos Escolares que não prestaram contas até o ano de 2011. Ao todo, 139 conselhos de unidades de ensino estão na mira da secretaria, que pedirá a devolução das verbas repassadas, uma vez que a aplicação das mesmas não foi comprovada. As perdas para as escolas no Pará chegam a R$ 3,5 milhões.
O investimento é oriundo do governo federal, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação (MEC). Conforme as informações da Seduc, o órgão da União destinou somente este ano dentro do programa Dinheiro Direto na Escola R$ 15.820.762 milhões e mais R$ 27.286.486.39 para o Mais Educação, em 1.200 escolas no Estado. A vantagem destes dois programas é que os recursos são depositados e gerenciados diretamente pelos Conselhos Escolares, sob as especificações previstas em lei.
Os conselheiros fazem a prestação de contas e apresentam para a Seduc, responsável por se reportar ao MEC, que pediu providências a respeito das escolas inadimplentes. "A resolução do FNDE publicada este ano nos permite a fazer a representação no MPF. Até o ano passado, não funcionava desta maneira. Somente as novas gestões dos conselhos é que podiam fazer as denúncias. A nossa intenção é que até o final deste ano o procedimento que faz a cobrança chegue ao Ministério Público", disse a diretora financeira da Seduc, Lucirene Farias Tavares.orm

As escolas que não se adequarem podem ter as verbas cortadas. "Neste caso, a unidade de ensino dependeria totalmente dos recursos da Seduc, cujo repasse é mais burocrático e pode demorar um tempo maior", explicou.
Na visão da diretora, a principal dificuldade dos conselhos escolares para executar a prestação de contas é a falta de conhecimentos técnicos sobre contabilidade. "Os membros que compõem o conselho tem outras atividades de uma maneira que demoram a se organizar para prestar as contas do ano. Além disso, muitos deles não sabem como apresentar um nota fiscal ou documentos que comprovem os gastos e os investimentos feitos pelas escolas. Na maioria das vezes não é má-fé. Atualmente, por exemplo, não estamos investigando nenhuma instituição por suspeita de desvio de verbas", observou Lucirene Farias.
As escolas têm até o dia 31 de dezembro para fazer a prestação de contas deste ano. A Seduc tem até o dia 28 de fevereiro para consolidar os números junto ao FNDE.

 
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