A
reunião da câmara de vereadores na noite de ontem, 13, frustrou quem foi até
aquela casa pensando que os vereadores fossem instituir uma Comissão
Parlamentar de Inquérito-CPI, após manifestação da ex-líder de governo Neidinha
Feitosa, que deixou no ar que poderia haver corrupção na secretaria de saúde do
município. A vereadora bem que tentou mudar seu discurso querendo dizer que não
havia falado em corrupção, o que poderá ser contestado através da gravação da
sessão e da lavratura da Ata que confirmam que a vereadora se pronunciou sim
daquela forma. A sessão também contou com a participação do ex-presidente do
conselho da saúde, conhecido como Ló, que fez a leitura do relatório que será
apreciado pelo novo conselho que tomou posse, onde constam várias
irregularidades, segundo o ex-presidente.
IRREGULARIDADES
Segundo
o relatório do conselho, a prefeitura pagou o aluguel do prédio onde funcionava
o Demutran com recursos da saúde, o que caracteriza crime de improbidade
administrativa. Outra irregularidade apresentada foi a de que a prefeitura fez o
pagamento da segunda parcela à empresa que irá construir a Unidade de Pronto
Atendimento-UPA, sem que pelo menos a empresa tenha dado início as obras.
Segundo o documento do conselho, a prefeitura atestou que já estava com 20% das
obras em andamento. O documento diz também que os recursos do CEO estão caindo
em outra conta.
CONFUSÃO
O
momento de tensão foi quando o vereador do PDT Andrey Monteiro, indagou o
ex-presidente se o conselho havia aprovado as contas da saúde da administração
anterior, já que a denúncia do Ministério Público apontava inúmeras
irregularidades, inclusive, com o desvio de aproximadamente 4 milhões de reais.
Ló, disse que a apreciação e aprovação foram feitas em cima do que a
administração havia apresentado e que no conselho não havia técnicos para a
apreciação minuciosa dos documentos. O vereador Andrey Monteiro que é
presidente da comissão de saúde da câmara alertou o ex-presidente do conselho
que poderia ser preso por asseveração difamatória, tudo por conta de uma
conversa que o vereador teve com o secretário de saúde após saber que Ló havia
detectado irregularidades na prestação de contas. Houve bate boca e muita
confusão o que levou o presidente Paulão a ameaçar terminar a sessão.
CPI
NO RALO
Apesar
das denuncias antecipadas pelo conselho de saúde, os vereadores acharam melhor
enviar o documento para a comissão interna da casa para depois se pronunciar
sobre a CPI.
O assunto não é mais para CPI segundo algumas pessoas que estavam na platéia, e sim, para uma Comissão Processante. A CPI é para apurar se há irregularidades, enquanto que a Comissão Processante se adéqua muito mais ao acontecido, já que o conselho tem provas matérias de improbidade administrativa. Ao final alguns vereadores se pronunciaram dizendo que assinariam o documento em número necessário para sua instalação
Fonte:PautandoNoticias