Foto: BrunoPraraense |
O Igarapé Patauateua, em São Miguel do Guamá, nordeste paraense,
vem sofrendo com o desmatamento somado à criação de gado e aterramento
da PA 322, que estão tornando o igarapé raso e sem vida.
Segundo o morador Raimundo Nonato da Silva Pereira, o igarapé
Patauateua não vem recebendo a devida atenção pelo poder público e
moradores.
Um dos locais onde os igarapés estão mais ameaçados é próximo o centro
do município. Há acúmulo de lixo e esgoto doméstico. “Na maior parte de
São Miguel o esgoto não é tratado”, relata Raimundo.
O igarapé Patauateua que tem aproximadamente 4 km de extensão, tendo a
maior parte de seu leito na área urbana é um dos mais afetados.
Outro grande destruidor de igarapés, segundo ele, é o
desmatamento. “Quando a mata é retirada, as chuvas levam areia para o
leito do Igarapé, deixando-o mais raso. Além disso, a falta de vegetação
na beira d’água aumenta a temperatura dos córregos, impedindo que
animais vivam ali”.
Diante desta situação, os moradores estão organizando uma ação de
recuperação do manancial, que ocorrerá de 1 a 5 de abril, com o
objetivo de chamar a atenção e salvar este igarapé que tem grande
importância para o município.
Antonio Santos/DOL, com informações de Bruno Paraense/
Correspondente Diário do Pará