247 com agências internacionais - O jornal italiano La Repubblica
garantiu nesta quinta-feira que Bento XVI decidiu renunciar após receber
um informe ultrassecreto sobre uma trama de corrupção, sexo e tráfico
de influências no Vaticano.
De acordo com o diário, em uma reportagem assinada pela jornalista
Concita di Gregorio, o relatório que foi encomendado por Bento XVI a
três cardeais no ano passado - o espanhol Julián Herranz, o eslovaco
Jozef Tomko e o italiano Salvatore De Giorgi -, após vazamentos de
documentos confidenciais em um escândalo que ficou conhecido como
Vatileaks, revela um sistema de "chantagens" internas baseado em
fraquezas sexuais e ambições pessoais.
O texto de 300 páginas, que se refere a um suposto "lobby gay" dentro do
Vaticano, foi entregue em dezembro ao pontífice, segundo a jornalista,
que não esclarece como teve acesso ao documento.
Com o título "Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no
informe que sacudiram o Papa", o jornal sustenta que o ancião cardeal
espanhol Herranz, da ordem Opus Dei, ilustrou ao Papa no dia 9 de
outubro do ano passado, os "assuntos mais escabrosos" do relatório, em
particular a existência de uma "rede transversal unida pela orientação
sexual".
Em uma publicação especial, a revista "Panorama" defende que o documento
será determinante para a eleição do sucessor de Bento XVI, em um artigo
assinado por Ignazio Ingrado.